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sexta-feira, 13 de julho de 2012

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O TERCEIRO CAMINHO
Uma mensagem de Jeshua canalizada por Pamela Kribbe
Querido amigo,
Eu sou Jeshua, e estou aqui com você.
Através das barreiras do espaço e do tempo, estou aqui ao seu lado; sinta-me em seu coração.
Estou tão familiarizado com a condição humana – com seus altos e baixos.
Explorei toda a área dos sentimentos humanos, e dentro desse mundo de extremos, acabei encontrando uma saída; uma passagem para um modo diferente de olhar para as coisas,
através do qual toda a experiência de ser um humano se apresenta numa luz diferente – um modo que cria tranquilidade e paz no seu coração.
É sobre esta saída, esta passagem, que eu gostaria de lhe falar hoje.
É bem provável que você se encontre num dilema, numa luta consigo mesmo.
Há uma ideia viva em sua mente que você deveria ser melhor do que é hoje; que deveria ser mais altamente desenvolvido, mais santo, mais capaz de seguir determinadas regras, um ideal mais elevado que tem para si mesmo – mas este é um ideal falso.
Todo trabalho que você vem fazendo em si mesmo está baseado na ideia de que você não é bom do jeito que é; de que você tem o poder de mudar a si próprio; de que você tem controle sobre o fato de ser humano.
Esta é uma ideia antiga, que você já vivenciou plenamente numa era muito antiga.
Esta ideia existiu, em parte, na Atlântida, onde você desenvolveu o terceiro olho, e vivenciou-o como o centro de observação da sua cabeça.
A partir desse terceiro olho, você podia perceber as coisas, e a partir daí também, você queria intervir para moldar a vida aos seus desejos.
Havia uma certa tendência à dominação em você, mas essa tendência também era inspirada pelo seu conceito de verdade.
Você tinha ideia de que agia com base em princípios elevados, então o que você fazia era “bom” – e é assim que sempre acontece.
O poder é sempre velado por ideias que são tidas como boas.
Toda uma ideologia, então, é construída em torno de tais ideias,
transformando-as numa cosmovisão que dá a impressão de aspirar ao bem, quando, em essência, você está tentando controlar a vida – tanto em si mesmo quanto nos outros.
O poder corrompe – ele o afasta do fluxo natural da vida que está presente em todo ser humano.
O poder lhe dá um conceito de maleabilidade que, de fato, está baseado na ilusão.
A vida, como você a conhece, não é flexível dessa maneira, e não é determinada pela razão, nem pela vontade, nem pelo terceiro olho.
A vida não se ajusta a uma cosmovisão nem a um sistema, e não pode ser organizada com base em processos mentais.
Por um longo tempo, você se manteve numa batalha com a sua humanidade – a sua condição humana.
Muitos caminhos espirituais baseiam-se na ideia de que você deve se trabalhar para se elevar, e que precisa se impor um plano de ação que o conduza a uma situação ideal.
Mas isto cria muito conflito interno.
Se começar com a ideia de um ideal desejado, você imporá normas a si mesmo que, no fundo, sabe que não vai cumprir
 – e assim falha logo de saída.
Agora, sinta a energia desse modo de pensar… o que você está fazendo consigo mesmo?
Que energia vem da necessidade de impor, da busca de auto
aprimoramento e do desejo de organizar a vida, suas emoções e seus pensamentos?
Sinta a energia de querer controlar as coisas.
É uma energia amorosa?
Geralmente essa energia se apresenta como amor, como o bem e a verdade, mas o poder sempre se oculta desta forma, para que seja mais fácil de as pessoas aceitarem-no.
O poder não mostra sua face abertamente; o poder seduz através do pensamento.
É por isto que é melhor não pensar nessa questão, mas sentir o que o desejo de controlar a vida está fazendo com você.
Observe a si mesmo na sua vida cotidiana, no presente, na sua vida atual.
Quantas vezes você ainda luta consigo mesmo, condenando o que surge do seu interior, o que brota naturalmente em você e deseja fluir?
Neste estado de julgamento encontra-se uma energia crítica, uma frieza:
“isto não pode ser, isto é errado, isto precisa ir embora.”
Sinta esta energia… ela o ajuda?
Quero levá-lo agora a um modo diferente de olhar para si próprio; um lugar onde a mudança pode ocorrer, mas sem luta,
sem exercer uma pressão ditatorial sobre si mesmo.
Para que isto fique claro, deixe-me dar-lhe um exemplo.
Imagine algo que aconteça na sua vida e lhe desperte um sentimento de raiva ou irritação – seja o que for.
Agora, você pode reagir a essa raiva de formas diferentes.
Se não estiver acostumado a refletir sobre suas emoções, e suas reações forem muito primárias, então não há nada aí além da raiva – você está com raiva, ponto final.
Você está envolvido nela e se identifica com ela.
Nesse caso, geralmente acontece que você põe a culpa da sua raiva do lado de fora de si – você projeta a culpa em outra pessoa.
Alguém fez algo de errado e é por culpa dele ou dela que você está com raiva.
Esta é a reação mais primária – você está identificado com sua raiva, você está com raiva.
Outra possibilidade é o que eu chamo de segundo modo de reagir.
Você fica com raiva e imediatamente uma voz na sua cabeça lhe diz:“isto não deveria acontecer; isto está errado; não é bom que eu fique com raiva; preciso reprimir isto.”
Pode ser que você tenha sido ensinado a reprimir a raiva pela sua educação religiosa ou por uma perspectiva da sociedade.
Por exemplo: é melhor, mais bonito, mais moralmente correto não mostrar sua raiva para os outros.
Principalmente se você for mulher, não é apropriado expressar sua raiva abertamente – isto não é feminino.
Existem vários tipos de ideias que lhe foram incutidas e que o levam a julgar sua própria raiva.
O que acontece então?
Você sente raiva e imediatamente surge uma opinião a respeito dela: “isto não é permitido, isto é errado.”
Então, sua raiva se transforma no seu lado sombra porque,
literalmente, ela não pode vir à Luz – ela não deve ser vista!
O que acontece com a raiva, quando é reprimida deste jeito?
Ela não desaparece, ela vai para trás de você para afetá-lo de outros modos; pode, por exemplo, fazer com que você se torne assustado e ansioso.
Você não pode utilizar o poder que reside na raiva, porque não se permite usá-lo.
Você pode mostrar seu lado doce, agradável, prestativo, mas não esse seu lado exaltado, irritado – seu lado rebelde.
E assim, a raiva fica trancada, e você pensa que é diferente das outras pessoas porque tem esses sentimentos, e pode até começar a se afastar dos outros.
Em qualquer caso, isto cria um conflito amargo no seu interior e,
aparentemente, entre dois eus – um eu Luz e um eu Sombra.
Enquanto isso, você fica preso nesse jogo doloroso, e isto o machuca internamente, porque você não pode se expressar.
É este julgamento que o limita.
Você realmente se torna uma pessoa melhor por causa dessa reação?
A repressão das suas próprias emoções vai levá-lo ao ideal de um ser humano pacífico e amoroso?
Quando lhe descrevo tudo isto, você pode ver claramente que este tipo de reação não funciona – ela não conduz à verdadeira paz, ao verdadeiro equilíbrio interior.
Entretanto, você faz tudo isto consigo.
Com muita frequência, você silencia suas emoções, porque não são boas de acordo com a moral que você mantém, e você não reflete sobre esses conceitos morais – de onde eles vêm, e quem ou o que os transmitiu a você.
Então, é isto que lhe recomendo que faça: não pense sobre ela,
mas sinta-a; sinta essa energia que vive nos julgamentos que você lança sobre si próprio, com suas imagens do que é ideal e do que você “deveria fazer”, que às vezes parecem vir de motivos aparentemente muito elevados – deixe estar.
Você não se torna iluminado freando suas emoções e suprimindo-as sistematicamente.
Existe um terceiro caminho – um terceiro modo de vivenciar suas próprias emoções humanas.
O primeiro modo era identificar-se totalmente com sua raiva,
como no exemplo anterior.
O segundo modo, era ocultá-la, suprimi-la e condená-la.
O terceiro modo é permiti-la, deixá-la ser e transcendê-la.
É isto que a consciência faz.
A consciência da qual eu falo não julga – é um estado de ser.
É uma forma de observação que, ao mesmo tempo, é criativa.
Agora, muitas tradições espirituais têm dito:
“conscientize-se de si mesmo, isto é o suficiente”.
Mas então, você fica se perguntando, como pode ser isso.
“Como pode a simples conscientização de mim dar origem a mudanças no fluxo das minhas emoções?”
É preciso compreender que consciência é algo muito poderoso.
É muito mais do que o registro passivo de uma emoção
 – consciência é uma força criativa intensa.
Agora imagine de novo que alguma coisa no mundo exterior evoque uma emoção poderosa em você – por exemplo, raiva.
Ao lidar com ela conscientemente, você a observa totalmente em si mesmo.
Você não faz nada a respeito, enquanto, ao mesmo tempo,
continua observando e assistindo.
Você não se identifica mais com a raiva, você não se perde nela,
simplesmente permite que a raiva seja o que é.
Este é um estado de desprendimento, mas um desprendimento que exige muita força, porque tudo o que você aprendeu o seduz a se deixar arrastar pelo seu humor para o interior da sua emoção de raiva ou medo.
E para tornar tudo mais complicado, você também é atraído para o julgamento a respeito dessa raiva ou medo.
Então, você é atraído em duas direções e afastado da consciência – da saída da qual eu falei no começo; a saída que é o caminho para a paz interior.
Sua forma habitual de lidar com emoções afasta-o do seu ponto central, por assim dizer… afasta-o daquela consciência.
No entanto, esta é a única saída.
A única maneira de não se tornar inconsciente é observar silenciosamente a extensão completa da emoção, mantendo-se,
assim, inteiramente presente.
Você não se deixa envolver – nem pela emoção, nem pelo julgamento da emoção.
Você observa-a em total consciência e com um sentimento de suavidade:
“É assim que acontece em mim.
Vejo a raiva surgir em mim; sinto-a percorrer meu corpo.
Meu estômago reage… ou meu coração.
Meus pensamentos estão correndo para justificar minha emoção.
Meus pensamentos me dizem que estou certo e não a outra pessoa.”
Tudo isto você pode ver acontecendo enquanto se observa, mas você não vai junto.
Você não mergulha nisso, não se afoga. Isto é consciência – isto é clareza de mente.
E, deste modo, você põe para descansar todos os “demônios” da sua vida: o medo, a raiva, a desconfiança.
Você lhes dá força quando se identifica com eles, ou quando os combate com julgamento – das duas formas, você os alimenta.
O único modo de transcendê-los é se elevar acima deles, por assim dizer, com a sua consciência – não lutar contra eles, mas simplesmente deixá-los ser o que são.
O que acontece com você então?
A consciência não é algo estático; as coisas não se mantém como são.
Você perceberá que, se não alimentar as energias da emoção ou do seu julgamento a respeito dela, elas se dissiparão gradualmente.
Em outras palavras, seu equilíbrio torna-se mais forte; seus sentimentos básicos passam a ser os de paz e de alegria.
Porque, se não há mais batalha no seu coração e na sua alma, a alegria vem borbulhando para cima.
Você enxerga a vida com um olhar mais brando.
Você vê o movimento das emoções no seu corpo e o observa.
E observa também os pensamentos que começam a correr pela sua cabeça, com um olhar suave e brando.
Saiba que a capacidade de observar e não ser engolido é algo muito poderoso e forte.
Esta é a saída!
Quero lhe pedir agora, neste momento, que experimente o poder da sua própria consciência – o puro ser – e a liberação,
através dela, que lhe permite sentir que não há nada que precisa mudar em você.
Sinta a tranquilidade e a claridade esta consciência: isto é o que você realmente é.
Ponha de lado os falsos julgamentos.
Deixe as emoções fluírem e não as reprima – elas fazem parte de você e algumas delas têm uma mensagem.
Pergunte a si mesmo se você tem uma emoção que você teme,
que o incomoda, que você luta contra ela.
Talvez seja uma emoção que tenha se tornado tabu para você.
Permita agora que ela venha à tona na forma de uma criança ou animal – para se apresentar, para se mostrar.
Essa criança pode se expressar completamente, ou pode até se comportar mal.
O que quer que aconteça, você deve permitir que ela faça o que deseja fazer e lhe diga o que sente.
Você é a consciência que observa e diz:
“Sim, quero ver você; quero ouvir sua história; expresse-a. Conte-me sua história, porque é a sua verdade. Poderá não ser a Verdade, mas quero ouvir sua história.”
Vivencie suas emoções deste modo e não as condene.
Deixe que elas falem com você. Trate-as com a brandura de uma pessoa idosa e sábia, e observe o que essa criança ou animal lhe traz.
Muitas vezes, escondida numa emoção negativa, existe uma força vital pura que deseja emergir, mas que foi sufocada até a morte por todos os preconceitos do julgamento.
Deixe a criança ou animal vir pulando em sua direção.
Talvez ela mude de aparência agora – receba-a com acolhimento amoroso.
A conscientização transforma – é o principal instrumento de mudança e, ao mesmo tempo, não quer mudar nada.
A conscientização diz, “Sim – sim para o que é!”
Ela é receptiva e aceitadora de tudo que está aí, e isto muda tudo, porque ela o liberta.
Você agora está livre – não mais à mercê das suas emoções ou dos seus julgamentos sobre elas.
Ao permitir que sejam, elas perdem o controle sobre você.
É claro que ocasionalmente ainda pode acontecer de você se deixar dominar pelas suas emoções e preconceitos – isto é ser humano.
Tente não ficar preso aí e não se castigar por isso:
“Ai, eu não alcancei a Consciência Clara – devo estar fazendo alguma coisa errada!”
Se fizer isto, fará com que a bola do julgamento comece a rolar de novo.
Você pode voltar sempre para a saída, voltar à paz, não lutando consigo mesmo.
Observe o que está aí, e não se engane: não ser arrastado para dentro é uma grande força.
Este é o poder da verdadeira espiritualidade.
Verdadeira espiritualidade não é moralidade – é um modo de ser.
© Pamela Kribbe 2012
Tradução de Vera Corrêa veracorrea46@ig.com.br
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